19 de jun. de 2009

Deixe para depois

Deixe pra amanhã
Aquilo que você queria fazer agora

Porque agora você está de cabeça quente
E possivelmente fará merda

Mas amanhã, logo pela manhãzinha
Você verá o sol nascendo,
Ouvirá os pássaros cantando
Caminhará pela areia da praia
E isso vai te fazer espairecer.

Vai por mim,
Deixa pra depois...

Ah, o amor!

O Amor se acostumou a sair armado com suas flexas envenenadas disparando a torto e a direito com seu arco promotor de corações apaixonados. Mas um dia ele parou para analisar seus feitos e percebeu que causava muita confusão, então resolveu se desarmar.

Decidiu o tal do Eros que daquele dia em diante iria "reparar" os disparos feitos só de pirraça, aqueles para os quais ele sequer mirara o alvo e também os que por algum outro motivo lhe causaram arrependendimento.

Saiu convencido de que resolveria tudo muito facilmente, mas no caminho da empreitada tropeçou numa das pedras da estrada e deu de cara com um pivete curioso que logo quis saber quem ele era e o que estava fazendo naquelas bandas.

- Sou o Eros, vulgo Cupido, o deus do amor. Sou eu o responsável por fazer as pessoas cairem de amores. Estou aqui porque andei formando uns casais errados, fiz um monte de pessoas amar quem não deveriam. Vim para desfazer o efeito do amor.

O menino gargalhou e disse:

- Para quem se diz um deus, você não sabe de nada! Cupido, você até pode se desarmar, mas nunca fará ninguém desamar. Amor é pra sempre.

Então Eros voltou pra casa, colocou novamente seu arco nas costas e entendeu que aquela era sua missão.




Moral roxa da história: É amor? Então fodeu! Ou não...